Etanol de segunda geração avança no Brasil

Shell, Raízen e Senai anunciam investimento em bioenergia com foco em descarbonização e produção de etanol avançado

Empresas que atuam com logística, transporte e geração de energia devem, portanto, ficar atentas às novas soluções em biocombustíveis. Shell, Raízen e Senai anunciaram a criação de um Centro de Bioenergia em Piracicaba (SP), com investimento de R$ 120 milhões. Nesse contexto, o objetivo é desenvolver tecnologias sustentáveis a partir da cana-de-açúcar, com foco em descarbonização e na expansão do etanol de segunda geração (E2G).

Etanol de segunda geração ganha força no Brasil

Nos próximos cinco anos, o Centro vai concentrar esforços em aumentar a eficiência da produção de E2G — uma alternativa renovável fabricada com o bagaço da cana. Atualmente, a Raízen já opera duas plantas comerciais no país e está construindo outras sete unidades nos estados de SP, MS e GO.

A expectativa é que, até 2026, o Centro esteja concluído. A infraestrutura incluirá laboratórios e plantas piloto, projetados para simular condições industriais em escala controlada.

Etanol E2G: solução de baixo carbono

O etanol de segunda geração (E2G) emite cerca de 30% menos gases de efeito estufa do que o etanol convencional (E1G), e até 80% menos em comparação à gasolina. Além disso, como é produzido a partir do resíduo da cana, permite aumentar em até 50% a produção total de etanol sem a necessidade de expandir áreas de cultivo.

No que diz respeito ao investimento, a Shell será responsável por R$ 72 milhões, por meio da cláusula de P&D da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Por sua vez, a Raízen — resultado da joint venture com a Cosan — considera o projeto um marco estratégico para consolidar o Brasil como líder global em combustíveis sustentáveis.

Oportunidades em combustíveis renováveis

A demanda pelo E2G já ultrapassa a oferta atual. Além disso, a Raízen planeja não apenas exportar o etanol, mas também levar ao exterior a tecnologia usada em sua produção. Com isso, a eletrificação das usinas, por exemplo, pode liberar ainda mais biomassa, possibilitando uma expansão significativa na geração do combustível.

Segundo a Shell, o etanol pode ser considerado o “carro elétrico do Brasil”, devido à sua alta eficiência energética e viabilidade econômica. Adicionalmente, o biocombustível tem potencial para ser aplicado em diversos setores além do automotivo — como nos segmentos de bioplásticos, bioquímicos, bebidas e, inclusive, na produção de Sustainable Aviation Fuel (SAF).

Transição energética e inovação no setor

Para o Senai, o desenvolvimento do E2G demanda conhecimento técnico em diversas áreas — desde o pré-processamento da biomassa até as etapas de fermentação. Por isso, o órgão terá um papel essencial na coordenação das pesquisas e na integração das tecnologias envolvidas.

Além de incentivar a inovação, o Centro de Bioenergia busca acelerar a transição energética. Ao mesmo tempo, pretende tornar os biocombustíveis mais acessíveis, escaláveis e plenamente integrados às cadeias produtivas do Brasil.

Biodiesel no Brasil e o papel da Carboroil

Diante desse cenário, o crescimento do etanol de segunda geração e de outros biocombustíveis reforça a importância de contar com parceiros experientes na transição energética.

Nesse contexto, a Carboroil oferece soluções completas para empresas que utilizam diesel em São Paulo e em toda a Grande SP. Com atendimento 24h, entregas seguras, laudos técnicos e suporte especializado, garantimos a integração eficiente de combustíveis renováveis.

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Fonte: Estadão/Broadcast – https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,shell-raizen-e-senai-criam-centro-de-bioenergia-com-r-120-mi-para-impulsionar-etano,70004336210