Quando se fala em óleo, é comum que se pense em lubrificantes por suas características naturais. Porém, você sabia que existe o óleo combustível?
Ele é obtido através do processo de refino do petróleo e pode ser classificado de acordo com a sua viscosidade, fluidez e teor de enxofre. Mas onde e como ele é utilizado? Para entender melhor o que é e quais as principais aplicações desse produto, continue lendo!
O que é o óleo combustível?
Após o processo de destilação das frações de petróleo durante o refino, gera-se um resíduo, do qual obtém-se o Óleo Combustível, também conhecido como óleo pesado ou óleo residual.
Sua composição química é feita de cadeias longas de hidrocarbonetos, como alcanos, cicloalcanos e aromáticos. Além disso, possui também enxofre, nitrogênio, oxigênio e pouca quantidade de sódio, ferro, níquel, vanádio, entre outros metais.
Como pode variar de composição de acordo com o petróleo que o originou e com os tipos de processos e misturas que ocorreram nas refinarias, ele possui diferentes classificações.
Na prática, como é utilizado o óleo combustível?
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Principais aplicações do óleo combustível
Como o próprio nome sugere, esse óleo não serve como lubrificante, mas sim como combustível na geração de energia térmica. Essa energia é obtida através da sua queima, que libera uma grande quantidade de calor, podendo ser utilizada também na geração de vapor.
O vapor produzido pelo calor pode ser utilizado para movimentar turbinas, como nas usinas termelétricas por exemplo. As usinas usam também o combustível diretamente nos motores diesel. A energia mecânica gerada pela queima de combustível pode ser usada para a propulsão ou ser convertida em energia elétrica nas usinas de energia.
Em instalações maiores, as restrições ambientais, assim como o custo benefício e a questão econômica do uso do óleo combustível, levaram a introdução da co-geração, onde uma parte da energia elétrica perdida é usada para alimentar uma planta de baixa pressão de vapor, apropriada para uma ampla gama de aplicações de aquecimento.
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Classificações do óleo combustível
O óleo combustível pode ser classificado de acordo com a viscosidade, teor de enxofre e ponto de fluidez.
Viscosidade
A viscosidade é definida de acordo com os queimadores e da temperatura que o óleo pode atingir no instante da utilização, classificados em número em ordem crescente de viscosidade a 60ºC. A especificação no Brasil, segundo a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível, é de óleos combustíveis do tipo A1/A2 e B1/B2.
Porém, se houver um acordo entre o comerciante e o comprador, é permitido a venda do óleo combustível com viscosidade acima do limite e o produto fica classificado como OC3.
Teor de Enxofre
Em relação ao teor de enxofre, o óleo combustível pode ser dividido em:
A: Alto teor de enxofre, inferior a 2,0%
B: Baixo teor de enxofre, inferior a 1,0%
Novamente, se houver acordo entre o comerciante e o comprador, fica permitida a venda de óleo combustível com teor de enxofre acima do limite, respeitando o teor máximo de 3,0%. As emissões de poluentes produzidas também devem atender aos limites permitidos pelos órgãos ambientais e jurisdição. O produto também será classificado como OC3 nesse caso.
Ponto de fluidez
O óleo combustível também pode ser classificado como BPF – baixo ponto de fluidez ou APF – alto ponto de fluidez. A ANP possui uma tabela com valores específicos de acordo com região e sazonalidade para realizar a classificação.
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