Fonte: Valêncio Consultoria
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, recebeu nessa terça (29/6) a diretoria do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). A associação convocou uma greve dos caminhoneiros para 25 de julho.
— “O transporte modal rodoviário é muito importante para o Brasil. A Petrobras busca compreender os atores da sociedade, avalia a melhor forma de contribuir com todos eles e está sempre aberta ao diálogo”, afirmou Silva e Luna, segundo nota da Petrobras.
— Setores da categoria querem o fim da paridade internacional de preços dos combustíveis, prática da Petrobras iniciada no governo Temer, com Pedro Parente, que foi alvo da greve dos caminhoneiros de 2018.
— Em maio, a CNTRC defendeu a taxação de exportações de óleo em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Os recursos advindos da taxação na exportação de petróleo bruto poderão ser utilizados para compensar Estados e União na redução de impostos sobre combustíveis”, diz o documento.
— “Passamos para ele [Silva e Luna] a nossa pauta e falei sobre a realidade das estradas, as dificuldades que a categoria está passando. Fomos bem recebidos e se abriu um diálogo, criamos uma agenda de trabalho e vamos ter outra reunião”, afirmou Plínio Nestor Dias, presidente do sindicato, ao Broadcast.
— A Petrobras, por sua vez, mantém os preços do diesel congelados desde 1º de maio, quando foi feito um corte de 2% nos valores, no primeiro reajuste da gestão Silva e Luna.
— Não impede, contudo, o aumento dos preços ao consumidor. A prévia da inflação de junho (IPCA-15, do IBGE) apontou alta de 3,53% nos preços do diesel; a gasolina subiu 2,86%; o etanol ficou 9,12% mais caro; e o gás veicular, 12,41%.
OPEP. Rússia e Arábia Saudita divergem sobre a trajetória de aumento da oferta de óleo dos países signatários da OPEP+. A expectativa média de analistas é um aumento de 550 mil barris/dia nas cotas de produção, cerca de 10% da capacidade que permanece ociosa. Bloomberg (em inglês).
— A Rússia, novamente, pressiona por um aumento mais acelerado da produção. Os ministros devem se reunir nesta quinta (1/7), em um momento em que o mercado de óleo recua diante da ameaça da variante Delta do novo coronavírus, que volta a provocar restrições de circulação até mesmo países em fases mais avançadas de vacinação. Reuters
— Os contratos Brent ficaram praticamente estáveis na terça (29/6), a US$ 74,76 (+0,11%) e são negociados em queda de 0,45% nesta quarta (30/6), a US$ 74,40.
EUA. Um item na agenda da OPEP+ é a produção doméstica dos Estados Unidos, mas a alta nos preços tem servido como prêmio para o balanço dos operadores no shale, em vez de motivar outra corrida por aumento da produção – e custos.